sexta-feira, 27 de junho de 2008

CIDADÃO DO BEM

Passo o tempo a observar
Sentado numa mesa de bar
O rosto suado
Caminhar apressado
Espera o ônibus passar

Deixou crianças e mulher em seu lar
Queria com eles ficar
Mas tem que ganhar dinheiro
Entrar no formigueiro
E fazer algo que finge gostar

Seu trabalho é suado
Dos pecados quer ser perdoado
Pensa em largar tudo
Não agüenta mais manter-se mudo
Mulher e criança...está consumado

Contas pagas com dificuldade
Sozinho na grande cidade
Reflete um pouco sobre a vida
Da ferida esquecida
E de quem sente saudade

Cansado chega em seu lar
Beija a mulher e se põe a jantar
Brinca um pouco com as crianças
Vidas cheias de esperança
Com sua mulher vai se deitar

Para muitos um Zé ninguém
Para sua mulher e filhos um alguém
Às vezes quer tudo mudar
Mas um dia há de descansar
A vida de um Cidadão do Bem

Um comentário:

  1. Marcel, até onde li, essa foi a que mais gostei. Ao meu ver,você conseguiu expressar de uma forma bastante próxima à realidade de alguns poucos, mas ainda remanescentes, "cidadão do bem".
    Vou continuar minha leitura...
    bjosss
    Valéria

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