domingo, 18 de agosto de 2013

INSPIRAÇÃO

Quando me ponho a olhar o céu, o mar,
as estrelas, a lua,
ao inspirar o ar,
ao ver uma mulher formosa nua.

Quando reparo a natureza
matéria prima da tecnologia
maravilho-me perante tanta nobreza
sua beleza e magia.

Quando penso e reflito
sobre tudo que há
no mistério do infinito
no poder do amar.

Quando analiso a justiça do sofrer
na perfeita criação
a pontualidade do morrer
na vida e sua continuação.

Quando diante de tanto conhecimento
e de sua imensa exatidão
me surge o arrependimento
e a súplica do seu perdão.

COMEÇO

Surge com intenções reprimidas
Quase não pude notar
Meu desejo a encontrou
Me dominou
Me fez caminhar descontroladamente
Não adiantou o questionamento
Se eu estava ou não sendo coerente
Sem permitir duvidar do momento
Certo ou não, estava cedendo
Cedendo a algo sem precisar
Meu desejo estava ciente
Que no tempo vigente
Precisava te encontrar

PARTE DE MIM

Parte de mim dilatado
Parte de mim maltratado
Parte de mim não compreende
Parte de mim subentende

Não quero continuar
Nessa viagem sem estação
Quero poder parar
Quero pedir perdão

Você é meu eixo
Minha sintonia
Pancada no queixo
Mestria

Não ter você em mim
É me perder
Quero me convencer
Que não é o fim


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

PARADOXO

Envelheço amargurado
Joguei fora a juventude
Hoje angustiado
Anseio que tudo mude

Se mudar serei mais contente
Mais motivado, mais feliz
A vida será diferente
Farei o que sempre quis

Quis ter uma filha e me casar
Quis fazer psicologia
Quis ter um lar
Quis entender filosofia

Quis amar, quis odiar
E amar novamente
Quantas vezes suportar
Ser inconsequente

Quis ser atleta
Quis ser escritor
Quis ser poeta
Quis a dor

Esse poema também quis
Percebo ao escrevê-lo
Acabando de concebê-lo
Que fiz o que sempre quis