De fora vi parte de tudo
O tudo do nada eu vi
O nada do tudo eu vi
Me consumi vendo
Vendo o tudo se tornar nada
Vendo o nada se tornar tudo
Sem ser nada
Sem ser tudo
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
ESPECTADOR DA VIDA
LIBERDADE
Ah se me fosse dado
a dádiva de ser livre!
Liberto de mim
Onde Eu poderia andar
sem me limitar
Fim
Ah se eu pudesse ver realmente
o que há por trás de tudo!
Acima do bem ou do mal
igual
Na verdade não vejo
ouço
sinto
O que há realmente?
Diferente?
Em Mim quero estar
Se meu eu entendesse...
Acima da vida
morte
Meu Eu está
Liberto para Ser
Não há o que aprender
ensinar
sentir
racionalizar
Acima do ódio
amor
Sem dor
prazer
Ser liberto
Acima das razões
emoções
Foi-lhe concedido a Liberdade
PORTO SEGURO
Apenas um sopro
Apenas um fio
De vida meio
De vida meio
Velha meio ponte
O que ainda a sustenta?
O outro lado é frio
Espírito pueril
Espírito fétido
Sombra indigente
O sol não queima mais
Sem lugar
Sem caminho
Sem direção
Segurar-se
Segurar-se sem mãos
Prazer
Prazer Alívio
Prazer Alívio Pouco
Máscaras mofadas
Sobre novas
A face
A face sem nome
A face sem nome pouco vista
Vergonha
Vergonha Medo
Vergonha Medo Vergonha
Vergonha Medo Vergonha Medo
Vergonha Medo Vergonha Medo Vergonha
Vergonha Medo Vergonha Medo Vergonha Medo
UM
Não maior do que eu
Não maior do que você
Não maior do que tudo que há
Entre eu e você
Não maior do que o universo
Não maior do que um verso
Em Um tudo está
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
E AO ACORDAR?
Sem ter noção, é nada, implica...
Sua fala, seu choro convence a planta
que não ouve o que canta
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
MOVIMENTO
em meu braço
Estagnado
Permaneço inerte
Sinto um arrepio
Mesmo com os olhos fechados
percebo a luz
Vermelha
Alaranjada
Agora está negro
Desorganizado
Quem amo
tá distante
O tempo passa
Uns já se foram
Saudades
Em outrora disse
que sentia a vida
no respirar
Sinto a vida
no tocar
no ver
comer
gozar
Ouvindo o mundo gritar
chorar
O que faz me movimentar?
A necessidade do meu corpo...
Quais minhas reais necessidades?
Pela janela não vejo nada
A mantenho fechada
Num quadro vejo minha extensão
que promove o movimento
Mesmo não existindo mais
Continuarei Nela
Cada trago diminui meu tempo
Cada movimento
Cada abrir e fechar dos olhos
Cada respiração...
PÓ
Me sonde
E nunca vai me achar
Pois não estou aqui
E não estarei em nenhum lugar