sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

E AO ACORDAR?

Uma alma no nada suplica...
Sem ter noção, é nada, implica...
Sua fala, seu choro convence a planta
que não ouve o que canta

Energia que se esvai no espaço
querendo apenas se inteirar
Confuso no 2º andar
Desabafando em um'almaço

Dormirá a pouco
Sua voz, seu grito, agora rouco
Manipula sua mente
tornando a esperança latente

Não o vejo chorar, nem acender vela
Não está mais olhando pela janela
Confiante ou total abnegação?
Pés com meia tocando o chão

Sei que sente o frio lhe percorrer pelo corpo
Acha que todos preferem-no morto
Pensa que é um trabalho
Não quer tomar um atalho

Receia o pensamento ao acordar
O medo, a incredulidade o assusta
Pede perdão e anseia se perdoar
Não quer a interrupção no que busca

Vejo-o escrevendo
Penso que quer expor
o que a alma está vendo
Amor? Ódio? Dor?

Olha, pensa...Que pensamento está surgindo?
Penso que está me sentindo
O papel não quer mais captar
Vamos durma! Enfrente o acordar!